“África de deuses e mistérios, berço da humanidade, que segundo as tradições Iorubás foi a “terra prometida” para o início da ocupação deste planeta pelo homem. A criação envolveu deuses e orixás que governariam o planeta, regendo cada qual uma parte por eles escolhida, os elementos da natureza, dessa forma, foram associados a forças elementais vindas de um plano superior, o Orun” (pelo Carnavalesco Jaime Cezário)
“Ouro Negro – a mais bela, criação!”, celebra também a memória dos grandes heróis negros populares, simbolizados aqui na figura do grande Zumbi dos Palmares, que nos ensinou que liberdade não se mata. O carnavalesco que está desenvolvendo o enredo é Jaime Cezário, profissional com trinta anos de experiência em desfiles de carnaval pelo Rio de Janeiro, Uruguaiana, Florianópolis, palestras no exterior e com uma fantasia de sua criação exposta no acervo permanente pelo Museu de Arte Moderna de Iowa/USA. Jaime Cezário que é atuante no carnaval deste 1992 está estreando no Carnaval de Belo Horizonte através da GRES Ouro Negro. Também compõem a equipe a Mestre da Cultura popular Dona Eliza que é a compositora do Samba- enredo e Neném de Menezes compositor do hino Ouro Negro. O figurinista Marcial Ávila, o historiador Henrique Sena, o costureiro/pilotista Caio Scovino e o aderecista Guilherme Patez completam esta potente equipe de trabalho criativo.
“As lágrimas de nossos irmão pretos germinaram nossa terra, criando a cultura afro-brasileira e organizando as religiões de matrizes africanas. O candomblé, a música, a culinária, o ritmo e os folguedos folclóricos, se tornam uma bandeira de resistência e luta por liberdade, igualdade e respeito. Dessa forma a cultura ancestral africana se faz perpetuar em solo brasileiro, gerando os mais belos frutos, como exemplo, do samba e das escolas de samba que no início do século XX foram identificados como símbolos da Identidade Nacional, criando uma das festas mais lindas e admiradas do mundo, que acontece a cada Carnaval, com os desfiles das Escolas de Samba. Dessa forma tudo aquilo que os herdeiros da Mãe África tocaram nesta terra, foi transformado em fé, arte e cultura, uma tradução da grandeza e da dignidade do povo preto, onde nos inspiramos para criar a fundamentação da essência deste enredo, “Ouro Negro – a mais bela criação!” (pelo Carnavalesco Jaime Cezário)
A proponente do projeto e Gestora Cultural Claudia Magno, Presidente da Ouro Negro, salienta a importância deste enredo, para a comunidade negra: “Este enredo é edificante e é também uma ação afirmativa, que vem de encontro as demandas atuais da nossa sociedade, se tornando referência na luta contra o racismo e desigualdades, valorizando toda a contribuição de desenvolvimento que a raça negra trouxe para o mundo.”
“Rufem todos os tambores da Ouro Negro, para exaltar todo o orgulho de sermos herdeiros desses destemidos guerreiros da “Mãe África”, afirmando que nesse desfile, o Negro é o Rei.” (pelo Carnavalesco Jaime Cezário)
O enredo “Ouro Negro – a mais bela criação!” está sendo desenvolvido para ser apresentado em um próximo carnaval e este projeto é realizado com recursos do Fundo Estadual De Cultura De Minas Gerais, protocolo No: 2021.2102.0015
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