BLOG CARNAVAL BH. O CARNAVAL DA NOSSA BH . FUNDADO EM 2004

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BLOG CARNAVAL BH. O CARNAVAL DA NOSSA BH FUNDADO EM NOVEMBRO DE 2004.10 ANOS DE FOLIA VIRTUAL LEVANDO O SAMBA DE BH ATÉ DENTRO DA CASA DOS SAMBISTAS. AQUI PEDIMOS PASSAGEM, A PRESERVAÇÃO DA NOSSA HISTÓRIA

Luiz Carlos. Coluna Rota de Colisão




Presidente da Associação Cultural Samba Dez e das escolas de samba Imperavi de Ouros e Bem-Te-Vi, Luiz Carlos Novais é uma das figuras mais conhecidas e notadas do nosso carnaval, assume a pasta “Rota de Colisão”  Luiz trará a publico assuntos institucionais, formalizados por sua visão carnavalesca. Dentre as questões Luiz Carlos Novais dará sequencia a sua já conhecida coluna Rota de Colisão em redes sociais, desta vez oficializada pelo Blog Carnaval BH.  

SECRETÁRIO. TERÇA FEIRA 13 DE JUNHO DE 2017 
Parte expositiva.
Secretário de Cultura pode parecer que não; mas é um dos cargos mais importantes da estrutura da administração municipal de Belo Horizonte
Confiança no futuro – Porque não ousar.

Convidado pelo nosso prefeito Alexandre Kalil, Juca Ferreira, foi secretário executivo no Ministério da Cultura na gestão do então Ministro Gilberto Gil onde permaneceu por cinco anos. Com passagens por Brasília “Ministro” e São Paulo, detentor de grande legado, o ex-ministro Juca aporta em Belo Horizonte onde deverá assumir a área deixada por Leônidas de Oliveira. João Luiz Silva Ferreira, mais conhecido como Juca ferreira vem do recôncavo baiano é um sociólogo e político brasileiro.
Da gestão de Juca Ferreira em São Paulo, houve o tombamento do Samba Paulista; a descriminalização do funk, estimulo a arte como grafite; a criação da “Spcine”; a reativação do tradicional Cine Belas Artes; a legalização do carnaval de rua paulistano; o investimento na programação do Teatro Municipal da cidade, as parcerias com outras secretarias da prefeitura com a realização dos editais Redes e Ruas para a ocupação de espaços públicos da cidade com a cultura digital. Uma das principais iniciativas de Juca Ferreira foi o canal de diálogo com a sociedade, aberto em sua gestão com todos os seguimentos. Fez alusão ao povo do gueto, lembrando o carinho que teve pela cultura a que se faz nas periferias da cidade.
Como é na adversidade que se vence, damos boas vindas ao novo secretário Juca de Oliveira e desejamos a ele sucesso na condução da Secretaria de Cultura bem como renovada a esperança de dias melhores.
Biografia.
Juca Ferreira, nasceu na Bahia, é sociólogo e dedicou sua trajetória profissional à vida política e às ações culturais e ambientais. Foi líder estudantil secundarista e, em 1968, chegou a ser eleito presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), no dia em que foi decretado o AI-5 (que fechou a UBES entre outras deliberações).
Ingressou na resistência ao regime militar, passou nove anos exilado no Chile, na Suécia e na França. Estudou Línguas Latinas na Universidade de Estocolmo, na Suécia, e Ciências Sociais na Universidade Paris 1 - Sorbonne, na França, onde se formou.
De volta ao Brasil, trabalhou como assessor especial da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB) e desenvolveu diversos projetos na área da Cultura.
Em 1981, começou sua atuação na área ambiental como militante em movimentos do setor e, em 88, filiou-se ao Partido Verde.
No início dos anos 1990, participou da construção de um dos primeiros projetos de arte-educação do Brasil, o Projeto Axé, voltado para crianças e adolescentes em situação de risco social. Ferreira incluiu a dimensão cultural nas ações socioeducativas do Axé, hoje considerada uma das mais importantes características do projeto.
Nos anos 1990, foi secretário municipal de Meio Ambiente de Salvador, e presidente da Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (ANAMMA). Também participou da criação de um dos primeiros movimentos socioambientais da Bahia, o SOS Chapada Diamantina. De 1993 a 1997, desenvolveu, com as comunidades dos terreiros de candomblé, uma das mais reconhecidas ações socioambientais da Bahia, o projeto eco-antropológico Jardim das Folhas Sagradas.
Foi vice-presidente da Fundação Movimento Onda Azul, cujo presidente era o músico Gilberto Gil. Foi eleito duas vezes vereador do município de Salvador, de 1993 a 1996 e de 2000 a 2004.
Durante sua última legislatura como vereador, em 2003, foi chamado pelo ministro Gilberto Gil a assumir o cargo de Secretário-Executivo do Ministério da Cultura, onde permaneceu durante os cinco anos e meio de gestão de Gilberto Gil, que pediu exoneração do cargo no final de julho de 2008 por motivos pessoais. Em agosto de 2008, foi convidado pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a assumir o cargo de Ministro de Estado da Cultura, empossado no dia 28 de agosto. Ficou à frente do MinC até o final do Governo Lula.
Durante cinco anos, participou como representante da sociedade civil da Agenda XXI Nacional e, no ano de 2004, integrou o grupo de elaboração da Agenda XXI da Cultura, em Barcelona, na Espanha. 
Em 2011, coordenou, pela Secretaría Geral Ibero-Americana, a realização do Ano Internacional dos Afrodescendentes.
Entre 2013 e 2014, foi Secretário de Cultura do Município de São Paulo, na gestão de Fernando Haddad.

Após a reeleição da presidente Dilma Rousseff, foi anunciado o seu segundo mandato como Ministro da Cultura, em 30 de dezembro de 2014


Referências
Blog do Juca Ferreira. http://www.blogdojucaferreira.com.br/?cat=32
Ezabella, Fernanda; Reuters/Brasil Online (30 de julho de 2008). «Ex-militante estudantil, Juca Ferreira assume Cultura». O Globo Online. Consultado em 30 de julho de 2008
Aguiar, Narla (28 de agosto de 2008). «Presidente Lula dá posse a Juca Ferreira no cargo de Ministro da Cultura». Ministério da Cultura. Consultado em 28 de agosto de 2008
Matoso, Felipe (30 de dezembro de 2014). «Planalto anuncia Juca Ferreira como novo ministro da Cultura». G1. Consultado em 30 de dezembro de 2014

( 3 de Janeiro de 2017 ) 

Temos pressa e somos impacientes.

Parece que foi ontem ou foi há muito tempo atrás. O tempo passa fulminantemente e apaga aquelas pegadas que ficaram na areia. Quem trabalhou bem ou simplesmente cumpriu a meta é colocado no mesmo embornal das ilusões.
Estou falando sim do nosso Carnaval. Essa falsa felicidade, a maior festa popular brasileira patrocinada com recursos públicos e promovida pelas autoridades políticas.
A festa das mascaras atrai milhões de turistas do mundo inteiro e enche nossas metrópoles e trás consigo a bebedeira a embriagues e o esforço inútil de encontrar alegria onde existem cinzas e frustrações.

Hoje tenho o meu coração assaltado pela duvida. O que esperar dessa transição do governo municipal. O que mudou nos últimos 30 dias? As coisas não estão sendo abordadas e cumpridas conforme as falas dos últimos timoneiros que presidiram as últimas reuniões, pois a antepenúltima ainda teve um relatório. A última acontecida 07 de Dezembro, nem relatório e ata. Chegamos ao final do ano, boa vontade existe, idéias avolumam-se nas cabeças dos dirigentes. O que ninguém sabe é onde esta a chave do cofre, pelos corredores só se vê o comentários: “ Teremos dias difíceis, e que venha logo o recesso”.


Ate que enfim algo novo, a inscrição da Corte Real Momesca 2017 foi publicada, pois já estava a 25 dias adormecida na gaveta. Das escolas de samba ninguém manifesta interesse ou repudio, blocos de rua finalizaram suas inscrições em numero recorde nas nossas Gerais. Após a festa ou a receita do Rei Momo as contas vêm e são elas divididas para os abnegados presidentes das agremiações e estendidas as suas famílias, que de tabela abarcam o prejuízo e durante o ano todo contam as migalhas. A pergunta que não quer calar, porque insistir? É vergonha ou vaidade? Este é o sabor que fica e aquele gostinho de fel que assola e perdura o tempo todo nos verdadeiros mortais e crédulos na esperança e assim bocejamos: “Ano que vêm tudo vai mudar”.

Alguns presidentes levam consigo um otimismo avassalador, que na realidade é também desesperador que é só apostar naquilo que acredita. Assim enrolamos os pavilhões e se aposta na esperança para não se desesperar. Esperar não é uma tarefa fácil, já dizia a canção popular: “Vêm, vamos embora, que esperar não é saber, quem sabe faz à hora e não espera acontecer”.


( 13 de Outubro de 2016 ) 


Carnaval com rumo incerto

Bem, o debate sobre o carnaval e a visita de cortesia ao novo presidente em reunião no mês de setembro na Belotur, deu em nada, foi um fiasco. A principio era para conhecer o novo Presidente e avaliar o carnaval de 2016 em seus vários aspectos culturais, apresentação de uma associação única para 2017, ficou no esquecimento, morreu no nascedouro devido à inércia dos nossos presidentes que esperam um milagre. Ele não vem!
A Belotur entende que não dá para pensar a festa isoladamente. O rumo que queremos dar à cidade e ao nosso carnaval tem de ser únicos. Até o momento nada de novo.
Nesta semana, próxima passada 07/10, fizemos uma reunião sobre o carnaval 2017. Todos os presidentes têm uma opinião sobre o assunto. É importante que essa discussão amadureça. Precisamos construir junto o Carnaval que queremos. O apoio a um candidato é preponderante. Precisamos decidir qual é a altura do muro que estamos escalando, ver Por Quem Os Sinos Dobram. Nunca se vence uma guerra lutando sozinho.
Primeiramente, que fique claro que o carnaval este ano esta sendo discutido numa crise econômica que assola todo país e em uma transição da Prefeitura de Belo Horizonte em sua troca de comando. Já experimentamos desse veneno.
Nas proximidades do carnaval há cinco anos troca-se o presidente da Belotur. Ele vem com a figura do “presidente interino”, que após o evento “carnaval” sai a galope, some, deixando assuntos sérios a resolver, deixando os problemas de pequena ou grande monta no colo do primeiro que aparece. Todos os anos acontecem à mesma coisa.
Este ano assumiu o cargo como o barco a deriva o presidente da Fundação Municipal de Cultura, Leônidas Oliveira, que logo na chegada com muito dinamismo administrou o Arraial de Belô; colocou as quadrilhas na rua, com parcos recursos, que num embuste sem fim, ensaiavam sem nenhuma garantia que o evento vingaria. Demonstrou que é na adversidade que se vence, recebeu uma Belotur falida e com a Prefeitura sem dinheiro.
O Carnaval de 2017 nada mudou; Tudo Como Dantes No Quartel De Abrantes. Estamos a três meses das festas de Momo. Nem uma reunião plausível, mais uma vez “Carnaval de 30 dias”, temos que aguardar a boa vontade do contribuinte no famigerado recolhimento do IPTU 2017, justamente agora que o carnaval vem num crescente avassalador.
Como e feito todos os anos para ludibriar a sociedade, culpa-se as escola de samba: torra-se uma grana com contratos afoitos e dirigidos para montagem de estruturas tímidas e mambembe, dá-se um óbolo como ajuda financeira para as escolas de samba e blocos caricatos, sem falar nos blocos de rua que sua participação nada custa aos cofres públicos. Por sua vez a Belotur vem trazendo bandas e artistas de fora, pagando preços exorbitantes, enquanto nossos artistas ficam com as migalhas. Segundo a Diretoria de Eventos, o diretor que chega agora, não tem tempo e conhecimento, ainda, para organizar alguma coisa. Falou-se até em adiantamento da ajuda financeira no mês de outubro/novembro, dessa forma, confiando na qualidade dos eventos produzidos pela Fundação Municipal de Cultura, contando com ajuda e participação do terceiro setor. Pelo que se vê somente um candidato a prefeito manifestou a vontade de buscar recursos no governo do estado que por desídia da administração remanescente não foi feito nestes últimos quatro anos.


( 5 de setembro de 2016 )


Rota de Colisão
O tempo passa, já são mais de 35 anos de convivência. Hoje volto a enaltecer um amigo, ícone principal do Carnaval de Belo Horizonte. Artista plástico, construtor de carros alegóricos, destaque para carnaval bem como trabalhos de prensagem em acetato e maquetes em arame. Estou a falar de Mario Almeida Cantoni, o nosso “Marinho”. A quem rendo as mais efusivas homenagens.
Peço licença ao antólogo Wilmar Silva de Andrade para inserir no meu artigo Rota de Colisão, poemas do seu Livro “O Amor no Terceiro Milênio”.
Marinho, que depois de muitas luas e sol trocou a máquina de solda pela caneta hoje escritor de belos Poemas.
O AMOR NO TERCEIRO MILÊNIO
Prefácio - Somente o primeiro Verso
Heróis da vida comum
Para ser herói da vida comum
É preciso que venha de família simples
De pai que trabalharam e trabalham
Dia e parte da noite para o sustento dos filhos
Ato continuo, segundo poema.
Optei pela leitura do segundo poema
“O dia em que fui um pássaro”, inteiro teor, pequena formatação, por se tratar de um poema que combina com a  “Fabrica dos Sonhos” por ele construída e que por ironia do destino esta fincada no bairro Castelo – Pampulha. Belo Horizonte.

MARIO ALMEIDA CATONI
O dia em que fui um Pássaro.
Introdução ou Motivo
Pescaria no Rio São Francisco com o Rio Carinanha, após montar acampamento, tratar dos passaros; farelo, laranja, tomate, mamão, canjiquinha, muito bonito que logo começaram a cantar. Estávamos fazendo o almoço quando deu à primeira revoada, assanhaço, trinca ferro, sofrê, cardeal, canários e outros, - ficamos observando e eles voltaram, passados alguns minutos, outra revoada, e assim seguidas vezes. Após o almoço descansando em uma rede foi que vi a sombra de um gavião – carcará ficou então explicado a revoada dos pássaros.
O medo e o pavor na minha imaginação eu viajei
ao som puro da Natureza minha mente elevei
me tornei um passarinho
e só queria cantar


mas em uma bela manhã
acabava de raiar o dia
quando na galha a meu lado
a minha princesa chegou.
Era uma canária pardinha
Tão bela e charmosa que
eu logo me apaixonei
felizes ficaram
meus dias,
Um casal apaixonado,
Construímos nosso ninho.

Voava pra lá
Voava pra cá
Cantava aqui e do lado de lá,
Mas minha felicidade pouco tempo durou
gavião carcará com suas garras fatais
minha canária levou.
Revoltado e triste aí eu voei, voei
Para o infinito voei.
Na hora do meu maior desespero
era um sonho, e eu acordei.


Credito poema: Livro Amor no terceiro Milênio ( Texto transcrito conforme livro ) 


(5 de Agosto de 2016 ) Uma nova Associação para 2017

           As Escolas de Samba de Belo Horizonte, estão acéfalas de um comando central, mais uma vez procuram uma forma organizacional de gestão continuada, desta vez, buscando uma fórmula para se reorganizar através de uma nova associação no crescente cenário do carnaval de Belo Horizonte. Tenta-se um modelo interno novo e sem vícios de união do grupo a muito disperso. Busca-se na sua finalidade principal conseguir comprometer seus associados de maneira criativa e com entusiasmo e de forma independente. Ou seja, justapondo interesses coletivos.
          Dentro da nossa realidade existe um setor que alia todos os questionamentos expostos na reunião lastreada no dia 06 de julho de 2016, assim vejamos sua parte expositiva.

Memória de Reunião”  06/07/2016

·         A Belotur foi questionada pelos representantes presentes das Agremiações Carnavalescas quanto ao planejamento da empresa para o Carnaval 2017.
·         Os representantes presentes das Agremiações Carnavalescas manifestaram o reconhecimento da visão de avanço na gestão, tendo como referência a edição 2016 do Arraial de Belô;
·         Foi informado pelos representantes presentes das Agremiações Carnavalescas que nas últimas edições do Carnaval, incluindo 2016, o repasse de recursos financeiros – subvenção, é feito com menos de 40 dias do dia de realização do evento, impossibilitando sua produção;
·         Foi registrado que embora os representantes ali presentes estejam defendendo o interesse coletivo estes não são respondentes dos interesses integrais das demais agremiações;
·         Foi mencionada a importância da discussão interna entre os Blocos Caricatos e Escolas de Samba para validação de interesses em comum  e prioridades para que estes tópicos sejam defendidos em nome do grupo perante a Belotur;
Para que isso aconteça, precisamos entender que a ESCOLA DE SAMBA não funciona apenas no período do carnaval. Elas geram empregos, desenvolvem sistemas, estimulam a criatividade, conseqüentemente, exige um grau de gerenciamento e estruturação. O espetáculo que vemos durante os desfiles, é o resultado de muito trabalho, competência e estruturação.
           Hoje, a maioria das escolas de samba são empresas, têm organização, método e planejamento.          E, como em qualquer empresa, as escolas de samba também são divididas em “departamentos”.
          Um mês após o término do carnaval, as escolas montam um cronograma  que será válido até o próximo desfile. O enredo é definido até junho, quando tudo que foi idealizado começa a ser concretizado. É nesta época que se procuram parcerias e o carnavalesco se reúne com os compositores para a criação do samba-enredo e coordenar os trabalhos de figurino e alegorias. Organização é fundamental. Sem ela, o trabalho não evolui e as coisas passam a ficar sem estruturação.
         Como podemos perceber, até aqui tudo é muito parecido com qualquer outra empresa: cronograma, planejamento, organização, direção, parcerias, reuniões. Tudo faz parte do dia-a-dia de qualquer empresa cuja ajuda financeira não deveria chega a 40 dias do inicio do evento.

         O segredo do sucesso está no acreditar dos componentes, pois acreditam no que fazem. Sabem que são importantes. E que a vitória depende deles. A união da equipe é o maior fator para se alcançar grandes resultados. Ai sim, vem o apoio de uma Associação ou Liga.

          O trabalho coletivo é fortemente valorizado nas escolas de samba, nelas há um envolvimento emocional muito grande por parte de todos os componentes. Muitas vezes é isso que falta às empresas.
          Transparência de objetivos. Eis as palavras-chaves. Afinal não há como se envolver com uma idéia sem conhecê-la. Apesar de parecer simples, a maioria das empresas não tem a cultura de compartilhar suas metas com os funcionários. É preciso perceber que os objetivos pessoais não estão ligados aos objetivos coletivos, pois só através do trabalho coletivo conseguiremos alcançar os objetivos propostos.
          Dentro de uma escola de samba não deve haver lugar para a valorização do ego. A estrela principal do espetáculo é a agremiação e, essa idéia deve ser passada para todos os componentes.
           No universo de uma escola de samba para atingir um bom resultado na avenida é necessário saber administrar riscos. As pessoas precisam aprender com os próprios erros.
           Errar naquilo que se conhece é imperdoável, mas errar à procura do novo é bom, e deve ser incentivado. Porque se você não arriscar, nunca conseguirá melhorar seus resultados.
           Outros conceitos como visão de conjunto, organização, estabelecimento de confiança e desenvolvimento de liderança devem ser levados em consideração.
Primeiramente devemos partir da teoria para depois colocarmos tudo na prática. Só assim conseguiremos executar as tarefas a contento, sem atropelos e desgastes desnecessários.
       Um outro fator que deve ser considerado é a parte da sustentabilidade de uma agremiação. Essa sustentabilidade deve ser ao longo de todo o ano e, não só na busca de enredos de patrocínio. Temos como exemplo claro das Escolas  do Rio de Janeiro, que mantém patrocinadores durante todo o ano, tendo uma gestão com visão empresarial.
......A intenção deste estudo é mostrar que a escola de samba nos dias atuais deve ter uma visão empresarial. Já se foi o tempo em que grupos de pessoas de comunidades afins se reuniam nos dias de carnaval para um desfile pelas ruas do bairro. Hoje o espetáculo tomou proporções gigantescas ministrados pelos Blocos de Rua que na sua singeleza demonstram organização, as Quadrilhas Juninas, por excelência já exportaram seu conhecimento para São Paulo com um modelo didático pois  para a realização de um desfile não se admite mais amadorismos e administrações mambembes.
          O verdadeiro gestor de uma escola de samba deve ter uma visão empresarial e dinâmica e, principalmente estar aberto às mudanças que ocorrem para a modernização transformadora que é o desfile das escolas de samba.
........O moderno gestor de uma escola de samba deve estar sempre procurando métodos e estratégias que possam aperfeiçoar suas funções gerenciais dentro da idéias de planejamento, organização e controle.
        As conquistas devem ser gradativas, sem queimar etapas. Essas etapas devem seguir um planejamento estratégico de etapas tais como: definição da missão, análise do contexto social, definição de objetivos, definição de estratégias e elaboração de um plano de ação.
........Uma organização não comercial “sem fins lucrativos” precisa sempre ter em mente que seu objetivo maior é alcançar os resultados que previu no projeto inicial. Um bom gestor precisa mostrar três fatores de fundamental importância em sua administração: eficácia, eficiência e efetividade.
........Eficácia é o atendimento de fato das metas estabelecidas com o impacto esperado em cada uma. Efetividade é  a construção de resultados permanentes e sustentáveis que garantam efeitos duradouros. Porém, o destaque maior vai para a eficiência, pois significa maximizar gastos operacionais ao máximo e, agindo assim conseguirá sempre recursos de forma sustentável para manter suas atividades porque, além de mostrar capacidade técnica-administrativa, conquistará legitimidade.
........Nas escolas de samba de hoje, não há mais lugar para amadores. Não adianta manter pessoas em determinadas funções apenas por serem antigos na agremiação sem, entretanto possuírem mérito para tal. Hoje as escolas possuem carnavalescos, figurinistas, aderesistas, coreógrafos, arquitetos, todos profissionais. As escolas de samba como misto de executores de projetos culturais e de entretenimento de massa.
              É necessário planejar a produção. O número de profissionais necessários, negociar com fornecedores e realizar pesquisa de preço. Precisam-se estudar soluções para redução de desperdício, enfim, precisamos de gestores capazes de fazer com uma escola de samba que gaste menos e propicie espetáculos maravilhosos e projetos culturais que apresentem resultados.

              Em suma, pode ser até uma utopia, porém é o caminho que as nossa escola de samba deveriam  seguir, pois o carnaval está direcionado  para um caminho profissional em todo o país e porque aqui em Belo Horizonte seria diferente. Por derradeiro com uma associação atuante, podemos ter uma organização representativa e que não nasça com objetivo de uma liderança e sim com propostas definida promovendo o retorno de todas as escolas de samba, trabalhando o samba de carnaval não como participantes de um evento e sim aproximando da Fundação de Cultural Municipal para dar sustentáculo, apoio e subsidio necessário.

26 -07- 2016 ( A AVIRADA QUE NÃO VIROU ) 


Apenas um toque basta! “A boca fala do que está cheio o coração”. A grande questão, portanto é para onde olhar na hora da crise.
Há cinco anos troca-se de cadeiras nas realizações dos maiores eventos culturais de Belo Horizonte. Bravamente, agora chega o que já era esperado, “um timoneiro da Secretaria de Cultura Municipal”. Que na primeira hora, demonstrou que é na adversidade que se vence, virada de mesa em dois meses de comando. 
Acredita-se que ninguém pode ser punido por pensar. Inadministraveis são os problemas costumeiros. Expertise, a Virada cultural de 2016 foi marcada por acertos e desacertos, o que estava dizimado houve uma pequena recuperação entre os desacertos chamaram a atenção a não oficialização de nenhum convite para as escolas de samba, blocos caricatos ou quadrilhas juninas da cidade. Mesmo que extra oficialmente os três seguimentos culturais têm como sua organizadora a Belotur (Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte S/A), coincidência ou não gerou certo constrangimento para alguns destes seguimentos culturais, que se sentiram excluídos. Somente o bloco de rua Baianas Ousadas participou.
As Escolas de Samba são reconhecidas mundialmente como produtos culturais, tendo ramificações no Japão, Argentina, Uruguai, Alemanha, Estados Unidos dentre tantos outros países. E a ramificação de escolas de samba em Belo Horizonte vem sendo tratada como única e obsoleta, sobe uma visão que esta cultura existe apenas no Rio de Janeiro. Nossa festa junina já serviu de modelo para São Paulo numa demonstração “como fazer”. Falando em como fazer, tivemos a festa junina considerada como um forte marco cultural em Minas Gerais, mesmo assim nenhuma quadrilha também se apresentou este ano na virada cultural. Seriamos nos pobres? Renegados? Excluídos da cultura pela própria cultura?  Ou seria a Cultura a detentora da definição do que é realmente cultura ou do que pode ser considerada cultura aos seus olhos?
                                                                                                Luiz Carlos Novais


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