De volta ao carnaval de Belo Horizonte, após muita polemica e batalha nos bastidores, a Imperatriz de Venda Nova, anuncia seu enredo para 2020. " Se a Canoa Não Virar, A Imperatriz chega lá " o irônico e divertido titulo do enredo mostra qual será o tom do desfile da escola.
Se a Canoa não virar a Imperatriz chega lá, é um passeio aos antigos carnavais, aqueles que já não voltam mais, através das marchinhas carnavalescas.
Sinopse:
O Rei
mandou festejar, o rei mandou vadiar, é carnaval e meu coração se abre de
alegria. O tempo girou a mulher
guerreira foi responsável pela primeira nota musical a entoar nos salões. Desperta Chiquinha Gonzaga , abrindo alas
para uma história que ganharia o mundo.
Era
o tempo dos confetes e das serpentinas, era o tempo em que o carnaval,
desfilava pelas ruas em carros abertos,e as grandes sociedades e corsos
carnavalescos davam o seu brilho nostálgico a luz do luar.
Nos
grandes salões a irreverência e o bom humor , tomavam conta de uma era , muitas
vezes politicamente incorretas , mas de alegria e descontração inconfundível.
Padrões
de uma época que não volta mais, corrigidos pelo tempo, e hoje na memória de
saudosistas carnavalescos que fizeram de grandes bailes, uma referencia de amor
a uma festa sem igual.
Simplicidade
e emoção na grande festa que marcou uma geração.
“Acorda
Maria Bonita, levanta e vai fazer o café que o dia já está raiando e a policia
já está de pé “ são tantas rimas ,
tantas canções ,de inspirações inconfundíveis, você pensa que cachaça é água,
cachaça não é água não, afinal o teu cabelo não nega.
Na “
Aurora de um novo tempo, a “ Bandeira Branca “ era estendida como um símbolo de
paz, choros e emoções, risos e descontrações, giros e cenas que mechem com o
sentimento de quem um dia viveu esta alegria .
“Olha
a cabeleira do Zezé , será que ele é”, deixem
o Zezé ser feliz e ser como quiser ser, “sassaricando” a “jardineira” com a “turma
do funil,” ou cercado de carecas.
Tira
esta “Mascara negra” da cara, “Maria Sapatão”, e seja como a “Cidade
Maravilhosa”, cheia de encantos mil. E deixe florescer em seu coração todo o
fervor do carnaval...
Ah o
carnaval, esta festa de Alláh Lá Ô que esquenta, que faz sonhar e nos faz
fantasiar , liberando energia e nossas ilusões, travestindo de imagem , o sonho
escondido, fazendo descer a lágrima do tempo, e revivendo um sentimento chamado
felicidade. Neste encontro de gerações, seja a criança chorona gritando “ Mamãe
eu quero” ou o senhor de idade que lamenta que “ A pipa do vovô não sobe
mais”
Renasce mais uma vez a garbosa
Imperatriz, fazendo de suas cores e seu reinado a maior de todas as opulências
, o melhor de todos os desfiles e o mais inesquecível e primoroso baile de
carnaval da cidade. Afinal , se a canoa não virar a Imperatriz chega lá, e
chega com vontade e respeito, chega na leveza de uma história carnavalesca,
afirmando... Não adianta chorar meu amor... O carnaval que passou.
Autor: Felipe Diniz Marinho