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sexta-feira, 30 de julho de 2010

CONHEÇA A SINOPSE DA BEM TE VI



G.R.E.S. MOCIDADE INDEPENDENTE DE BEM-TE-VI
Enredo:
MÁSCARAS
Autor:

FLÁVIO CAMPELLO


I – INTRODUÇÃO:

Diante dos enigmas do universo, dos perigos da vida, os mistérios da morte, o homem busca estabelecer ligação entre o imaginário, as crenças, as forças da natureza, a vida e a morte sugerindo e estabelecendo a presença do sobrenatural. As raízes do mundo primitivo repousam num contexto religioso e místico – os povos mais antigos fizeram da Máscara um veículo material para invocação dos deuses ou para estabelecer comunicação entre eles e a sua sociedade.
Os caracteres sagrados e profanos das Máscaras, se distanciaram, como também o limite entre os rituais ou processos mágicos e as perfomances teatrais, mas sabemos que na Grécia clássica as Máscaras foram colocadas no palco de forma racional, a transição do rito para dramatização.
A partir daí, as Máscaras e os disfarces profanos encontram seu lugar no teatro, na dança, no carnaval, nas festas populares, no mundo do espetáculo e da fantasia. Há, no entanto, as Máscaras dificilmente poderemos classificar como sagrado ou profano, são as Máscaras mortuárias que simbolizam e preservam ao mesmo tempo, a identidade terrena e selam a separação da vida.
As Máscaras sociais do cotidiano, as Máscaras da transgressão – hippies, punks, darks – continuam reforçando uma associação ancestral entre homem e Máscara e o aproximam mais uma vez da necessidade do encontro de si mesmo pelo artifício da transfiguração.

II – SINOPSE:

Máscaras que se constituíram como veículo da magia e ritual. São Máscaras que simbolizam o mundo misterioso e místico, a adoração dos deuses e espíritos, Máscaras de efeito mágico, capazes de estabelecer um diálogo com a natureza, invocando uma boa colheita ou para chamar a chuva que fertiliza os solos. Nas culturas primitivas, eram feitas de materiais naturuais: madeiras, argila, ossos, dentes de animais, couro, peles, casco de tartaruga, fibras vegetais, pedra, bronze e outros metais. Na África Negra, Egito, Extremo Oriente e América Pré-Colombiana, são regiões que primam pela riqueza de signos sagrados..
Nas Máscaras mortuária, os olhos não têm vida, desaparecem as linhas das pequenas e grandes paixões, o rompimento com a matéria a torna quase abstrata, embora, a matéria cristalize a identidade terrena do reverenciado.
No teatro, tanto na Grécia clássica, como na antiga Roma, as máscaras eram veículos de ação dramática; no anfiteatro de Epidauro, atores mascarados representavam Prometeu, Édipo, Antígona, figuras a meio caminho entre o mito e a história.
Na comédia latina, em que se baseou também o teatro renascentista, as peripécias eram desfeitas no momento em que a identidade do protagonista era revelada pelo "desmascaramento" literal do que ela passava na frente das outras personagens.
O teatro do Extremo Oriente situa-se entre o fatalismo e a redenção e o ator encarna uma multiplicidade de transformações sutis e refinadas. Os Vedas, escrituras hindus em forma de diálogo, foram os mais antigos mateirias dramáticos encenados. Espíritos e Deuses aparecem em Máscaras e vestimentas cerimoniais.
Já o teatro japonês adotou formas chinesas e as adaptou às suas necessidades. No teatro religioso se baseia em danças rituais seculares, criou máscaras que mudavam a expressão e o significado pela movimentação no palco, com inclinações de cabeça e jogos de luz e sombra. No teatro popular, estabeleceu um paralelo em relação ao feudal e aristocrático.
Existem aspectos que se confudem ou se complementam na expressão artística, associada à ritualística e ao teatro. As performances teatrais no Oriente, mostram o exotismo da dança libanesa e indiana e também das danças primitivas com Máscaras. Existe na dança balinesa a ópera folclórica, uma das mais populares formas dramáticas, como nos rituais de exorcismo quando são utilizadas Máscaras de animais, chamadas "Barong".
O Arlequim, Pantaleão e Paucinella são personagens populares jacosos e descontraídos do teatro de rua do século XVI. Eles retratam, satírica e ironicamente, os tipos sociais da época. Todos eles utilizavam Máscaras para caracterização de seu tipo.
Configura-se numa elaboração tão refinada da arte da máscaras que pode dispensá-la. Conta apenas com o despojamento ou a pintura do rosto humano e o uso da musculatura facila realçando a expressão da personagem.
Devemos lembrar que a Máscara também se insere atualmente no mercado da arte como um elemento decorativo, a serviço da beleza estética, abdicando de sua ligação mágico-ritualista.
Rompe com os padrões estabelecidos. Estas máscaras permitem ao homem exercitar seu bocado de loucura e devaneio ainda que limitado por um curto espaço de tempo. Sendo assim, nas festas populares utilizavam-se Máscaras como índices que legitimavam atitudes insanas contra a lógica social, caso do carnaval, festas ou momentos de extrema alegria ou loucura.
A idéia de limite temporal das festas populares, alguns grupos nas sociedades industriais modernas, exercitam suas críticas e sua transgressão às leis sociais, assumindo Máscaras cotidianas, como os hippies, os punks e os darks, identificados pelas formas e jeitos de se apresentarem.
São dotadas de um caráter mais particular, específico, até mesmo utilitário, há as Máscaras da guerra, do trabalho e do esporte que preservam o homem da dor, dos males e dos perigos que ameaçam sua existência.
As Máscaras de guerra primitivas, tinham função de inpirar medo, além do poder de proteção. Outras máscaras modernas são as do trabalho, uma extensão do corpo físico usadas, como exemplo, pelos fundidores de metal e pelos mineradores.
Entre o espírito de luta e o trabalho, há também muitas atividades esportivas nas quais as Máscaras são necessárias: a Máscara de arame do esgrimista, a de couro dos jogadores de baseball e as de proteção dos pára-quedistas, motociclistas e esquiadores.
Por fim, uma outra categoria de mascarados que não pertence propriamente à esfera de guerra, do trabalho ou do esporte e tem ainda por virtude a coragem, os heróis ou bandidos celebrados nos jornais, nos filmes, nas histórias em quadrinhos e na televisão, são sempre os heróis do dia-a-dia.
Terminamos nosso desfile com as Máscaras que encantam nos bailes de Veneza, com mascarados nos grandes salões das côrtes européias, das Máscaras que aqui chegaram e encantaram, tornando-se símbolo de alegria mesmo que nos quatro dias de folia.
Abrilhantamos com Máscaras brancas, vermelhas, amarelas, azuis, verdes e Máscara Negra, que levam mais de mil palhaços aos salões, que faz os Arlequins e os Pierrôs chorarem pelo amor da Colombina.
A mesma Máscara Negra que esconde o teu rosto, eu quero matar a saudade, não me leve a mal... hoje é carnaval!

Flávio Campello
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2 comentários:

  • Mestre Affonso says:
    30 de julho de 2010 às 15:40

    É maravilhoso o tema e se desenvolvido com sucesso vai dar um grande crnaval.
    Desejamos boa sorte aos que vão desenvolver o tema. A Bem-Te-Vi já faz por merecer um campeonato.

  • Guilherme Mocidade says:
    31 de julho de 2010 às 00:20

    Felipe e amigos do samba,

    A Bem-Te-Vi mais uma vez está de parabéns, belo Enredo. Vamos trabalhar firme em busca do tão sonhado título do Carnaval 2011. Valeu Flávio Campello. Abs