Foto: Divulgação Belotur
A manifestação, que tem apoio da Belotur, reverencia a pluralidade cultural os rituais de Candomblé e de Umbanda
No próximo domingo, 04 de dezembro, movimentos da cultura negra de Belo Horizonte irão saudar a Mãe dos Peixes e Rainha do Mar, Iemanjá. A manifestação reverencia a pluralidade cultural, a festividade dos rituais de Candomblé e de Umbanda e o resgate das raízes dos terreiros.
Além da tradicional celebração dos sacerdotes e do cortejo do Afoxé Bandarerê, haverá apresentações dos blocos Angola Janga e Alô Abacaxi. Tudo isso em frente ao Portal de Iemajá. A realização é da Associação Cultural Afoxé Bandarerê, que conta com apoio da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Belotur.
O ritual litúrgico começa às 14 horas com a concentração. Ás 15h30, os atabaques esquentam com o Bandarerê. Por volta das 16h30, as oferendas ao Orixá feminino serão colocadas nas águas da lagoa Pampulha, por meio de um balaio produzido ecologicamente para preservar o meio ambiente e o patrimônio. Após este ritual começa a festa carnavalesca com os tamboris do Alô Abacaxi e Angola Janga que acontece até às 19 horas.
Para o fundador do Afoxé Bandarerê, Márcio Eustáquio , mais conhecido como Tata Kamus’ende, o presente de Iemanjá é um ato de resistência da cultura negra e religiosa de Belo Horizonte. “Valorizando a força ancestral e resistindo com uma cultura que contempla 53% da população da cidade, ocuparemos a Pampulha, patrimônio da humanidade, com a força das águas. Com chuva ou sem chuva estaremos lá, resilientes”, enfatiza Tata Kamus’ende.
TRADIÇÃO
Representada sob a forma de uma sereia, Iemajá, conhecida também como Dona Janaína e unificada com a Iara, a sereia do Amazonas, tem sincretismo religioso com as Santas Católicas Nossa senhora dos Navegantes, Nossa senhora da Glória e Nossa Senhora da Conceição. Ela é a mais celebrada dos orixás e também a santa mais popular do Brasil. A Mãe dos Peixes é reverenciada também pelas artes, se popularizou por meio de canções de Clara Nunes, Caetano Veloso, Rita Ribeiro, Gerônimo, Marisa Monte entre outros além de ser tema em várias escolas de samba.
A festa é comemorada por todo país, no dia dois de fevereiro de cada ano, quando é comemorado o Dia de Iemanjá. Em Belo Horizonte, desde 2014, com o apoio da Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial (CPIR), a manifestação começou a ser realizada na Lagoa da Pampulha, sempre no domingo mais próximo ao dia 2 de fevereiro.
Fonte:http://www.carnavaldebelohorizonte.com.br/blocos-de-rua-do-carnaval-de-belo-horizonte-presenteiam-iemanja-na-pampulha/
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